O ministro Gilmar Mendes liberou para julgamento no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (29), os dois pedidos de soltura do ex-jogador Robson de Souza, conhecido como Robinho. O ex-atleta está preso desde março deste ano, cumprindo uma pena imposta pela Justiça da Itália por um caso de estupro.
No dia 13 de setembro, logo após o início do julgamento, Gilmar solicitou mais tempo para analisar o caso. Agora, uma nova data foi marcada para o julgamento, que ocorrerá no plenário virtual do Supremo entre 15 e 26 de novembro.
Robinho está detido no Presídio de Tremembé 2, em São Paulo, desde 22 de março. O crime de estupro ocorreu em uma boate em Milão, em 2013, quando ele jogava pelo Milan. A vítima, uma mulher de origem albanesa, tinha 23 anos na época.
A defesa de Robinho, nas ações no STF, contesta a legalidade da prisão e o cumprimento da pena de nove anos em território brasileiro, uma medida autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a pedido da Justiça Italiana. Os ministros da Corte, ao decidirem, não analisaram a inocência ou culpabilidade do jogador, apenas permitiram o cumprimento da pena.
O ministro Luiz Fux, relator dos habeas corpus no STF, foi o único a apresentar voto antes da suspensão. Ele negou o pedido da defesa para libertar Robinho e ressaltou que a decisão do STJ de acatar o pedido italiano está prevista em lei.
Entre os advogados que representam Robinho está Pedro Junior Rosalino, conhecido como “Pedrinho”. Sua história é notável, pois ele foi sequestrado logo após o nascimento, em 1986, um caso que inspirou uma novela.