A família do apresentador Gugu Liberato (1959-2019) chegou a um consenso sobre a divisão extrajudicial da herança, mas a efetivação da partilha ainda não ocorreu devido a um processo movido por Ricardo Rocha, que se apresenta como filho ilegítimo do comunicador. A informação foi divulgada pelo colunista Gabriel Perline.
A inventariante e irmã de Gugu Liberato, Aparecida Liberato, apresentou uma ação de urgência para informar ao tribunal que a família havia chegado a um acordo na semana passada sobre a partilha dos bens. O pedido detalhou que os herdeiros envolvidos são os três filhos biológicos de Gugu (João Augusto, Marina e Sofia), sua mãe, Maria do Carmo, e outros cinco sobrinhos, todos mencionados no testamento original do apresentador.
No documento, Aparecida Liberato informou que “todos os herdeiros necessários e testamentários estão em avançados entendimentos com a finalidade de realizar a partilha de bens no âmbito extrajudicial”. A solicitação pedia a suspensão temporária do inventário por 30 dias e a autorização para concluir a partilha dos bens através da via extrajudicial, encerrando o processo judicial atual.
Marina e Sofia Liberato, as filhas gêmeas de Gugu, também protocolaram um documento corroborando a iniciativa da tia. Apesar de anteriormente terem se afastado dos familiares para proteger a matriarca, Rose Miriam, que ainda busca o reconhecimento de sua união estável com o apresentador, elas apoiaram o movimento para a resolução extrajudicial. No mesmo dia, a juíza paulista Eliane da Camara Leite Ferreira acatou o pedido de partilha extrajudicial.
Contudo, o processo enfrenta uma nova complicação. Ricardo Rocha, o suposto filho de Gugu, está mobilizando seus advogados para provar sua paternidade e, consequentemente, seu direito à herança. Ricardo já obteve autorização judicial para realizar um teste de paternidade, o qual os filhos biológicos de Gugu concordaram em fazer. No entanto, Ricardo exigiu também que a mãe de Gugu, Maria do Carmo, participe dos testes para garantir a compatibilidade genética.
Além disso, Ricardo pediu que Rose Miriam também seja submetida a um teste genético. Ele alegou que os três filhos biológicos poderiam ser resultado de inseminação artificial realizada pelo médico Roger Abdelmassih, que é acusado de abuso sexual e manipulação genética.
A família Liberato manifestou seu desejo de resolver a partilha de bens fora do âmbito judicial, mas Ricardo não aceitou essa proposta e acionou seus advogados para impedir a divisão da herança até que os trâmites de análise genética sejam concluídos. Caso a paternidade de Ricardo seja confirmada, uma nova documentação e ajustes na partilha serão necessários.
Na sua última petição, Ricardo Rocha destacou que pretende assegurar que nenhum bem de Gugu Liberato seja redistribuído a outros herdeiros listados no testamento até que sua paternidade seja oficialmente reconhecida ou desmentida. A decisão da Justiça sobre essa solicitação ainda não foi divulgada.